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| | Notícia do Extra: No cardápio dos Obama, caipirinha e guaraná |
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RIO - Poucos brasileiros ficaram tão próximos de Barack Obama como o carioca Werner Alves, de 26 anos. Maître do hotel Marriott, em Copacabana, serviu três refeições para a família do presidente dos Estados Unidos. Por motivo de segurança, ele não revelou todos os detalhes da convivência.
Werner descreve o presidente como um pai afetuoso, sempre dando atenção às suas filhas, Malia, de 12 anos, e Sasha, de 9. Quando o sistema de som do hotel tocou uma música de Tom Jobim, o presidente disse a suas filhas que era bossa nova e falou o nome do maestro brasileiro, segundo Werner. O maître não lembra qual era a música por estar muito nervoso, sobretudo no primeiro contato com o homem mais poderoso do mundo.
- Foi diferente. Ele ficava sempre brincando com as filhas, tentando tirar o ambiente de visita oficial para dar um clima familiar à estadia.
Com o passar do tempo, Werner foi conquistando a simpatia da família do presidente e chegou a corrigir o português de Malia.
- As crianças são muito educadas. A mais velha falou “mui” obrigado. E eu corrigi, dizendo que era muito obrigado. A partir de então, ela passou a falar a forma certa. O ambiente bem informal permitiu que eu falasse qual era o português correto - disse Werner.
Detalhes do cardápio pedido pela família de Obama também não puderam ser revelados. No entanto, o maître citou uma salada de folhas orgânicas e um risoto de legumes como exemplo de refeições pedidas pela família. As crianças pediram pratos do menu infantil; o casal Obama e Michelle optou pelo cardápio tradicional, influenciado pela comida mediterrânea.
- A Michelle tomou caipirinha e gostou. O Obama pediu chá gelado, eu ofereci um mate nacional. Acho que ele gostou. A mais velha pediu guaraná, e a mais nova adorou nossa limonada de morango - disse.
A comitiva americana não fez pedidos exóticos, segundo o maître. Dois pratos que não estavam no cardápio foram feitos para atender Michelle. Ambos são adaptações da culinária japonesa e devem passar a fazer parte da carta do hotel:
- Fiz um califórnia especial, no qual introduzi ovas de arenque, e um uramaki de cenoura, aipo e abacate - explicou Werner.
No Cristo Redentor, na única loja de lembranças que permaneceu aberta Obama comprou uma estatueta do Cristo. Os lojistas não souberam informar qual foi o modelo, cujo preço pode variar de R$ 25 a R$ 260. Há informações, no entanto, de que a dona da loja não teria aceito o pagamento, dando de presente a miniatura para o presidente.
Para o inglês Mark Jenner, de 35 anos, que visitou o Cristo neste domingo e se hospedou no Marriott, Obama deveria estar concentrado nas questões árabes, em vez de visitar pontos turísticos do Rio:
- Talvez ele devesse se concentrar em outras coisas nesse momento. Demoramos cerca de três horas para dar entrada no nosso hotel por causa da movimentação causada pela comitiva de Obama, mas OK.
Já o também londrino Ben Herbert, de 34 anos, brincou ao saber que Obama pode não ter pago pela miniatura do Cristo. Ele gostou da peça, mas achou cara demais.
A visita de Michelle Obama e das filhas ao barracão da Unidos da Tijuca, neste sábado, foi cercada de tanto mistério que nem os componentes da escola que se apresentaram para a família do presidente americano sabiam antes por que tinham que ir ao barracão na Cidade do Samba. A pedido da Casa Branca, apenas funcionários mais próximos à presidência da agremiação e ao carnavalesco Paulo Barros conheciam detalhes da visita. E só falavam sobre o assunto em código.
Os cerca de 80 integrantes da escola que participaram do encontro tiveram que informar dados como identidade e filiação. Na entrada do barracão, todos foram submetidos a uma minuciosa revista, com detectores de metal. Fotos e vídeos foram proibidos. O barracão passou por uma varredura com cães farejadores. E o carnavalesco Paulo Barros passou o dia com um agente americano.
Foi a partir de uma visita de Barros aos Estados Unidos, em setembro passado, que começaram os contatos com o consulado americano. O carnavalesco foi à Disney fazer pesquisas para o desfile deste ano, cujo enredo era o medo no cinema. E foi perguntado se toparia fazer apresentações para a família Obama. O cônsul dos Estados Unidos no Rio, Dennis Walter Hearne, desfilou na escola no carnaval deste ano. Nessas conversas, garantem integrantes da escola, além do espetáculo do carnaval de Paulo Barros, pesou o fato de a Unidos da Tijuca não ter ligação nem com o jogo do bicho nem com o tráfico, como ocorre em outras escolas de samba do Rio.
Link original: http://extra.globo.com/noticias/brasil/no-cardapio-dos-obama-caipirinha-guarana-1374269.html
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