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| | Concorrência entre refrigerantes pode ajudar o ambiente |
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O refrigerante está presente em boa parte dos hábitos de consumo mundo afora. Mas por traz dessa bebida tão apreciada por pessoas de todas as idades, há um grande desafio para a relação humana com o meio ambiente: para onde vão as garrafas? Embora sejam totalmente recicláveis, uma parcela mínima delas chega ao destino correto, enquanto que muitas delas terminam abandonadas nas ruas ou em rios.
É por isso que o desenvolvimento e lançamento de garrafas de plástico feitas com pelo menos uma porção de materiais vegetais pode representar uma boa notícia para o meio ambiente – mesmo que em atraso.
A “PlantBottle”, como é conhecida a garrafa ecológica, já pode ser encontrada aqui no Brasil e na Suécia. A meta da Coca-Cola é que, ainda neste ano, cinco bilhões de unidades dessas garrafas sejam enviadas para todo o mundo.
Como resposta à iniciativa da Coca, a Pepsi, principal concorrente no mercado mundial, anunciou, em março deste ano, o que fez questão de frisar que seria “a primeira garrafa PET feita inteiramente à base de plantas, recursos totalmente renováveis”. Mas esse produto ainda não chegou ao mercado. Ele deve ser testado em 2012, e se tudo correr bem vai passar para a comercialização.
Mas as vantagens sempre vêm acompanhadas de algumas desvantagens. O grande desafio da sustentabilidade, afinal, é equilibrar o atendimento às necessidades humanas do modo mais equilibrado possível, não é mesmo? No caso da produção de plástico reciclável, o grande dilema é que utilizar plantas para levanta os mesmos questionamentos das discussões sobre o uso de plantas para produzir bicombustíveis – ou seja, eles competem pelo acesso a fertilizantes, água e terra, podendo afetar a disponibilidade e o preço dos alimentos no mercado.
Atualmente, a PlantBottle é feita usando etanol feito com a cana do Brasil, fato que tem sido criticado por estar ocupando os antigos espaços da floresta amazônica. A Coca-Cola se defende alegando que nas fazendas de cana são utilizados “processos de cultivo eficazes”.
Já a nova garrafa da Pepsi é feita a partir de materiais como a palha de milho, capim e casca de pinheiro. Na teoria, isso significa que a empresa competiria menos por recursos que afetam as culturas alimentares, como terra e água.
A antiga rixa entre as marcas deve influenciar outras a melhorarem os processos de produção de garrafas mais amigas do meio ambiente e o melhor nisso é que todos saem ganhando com isso.
Por Éverton Oliveira, da redação Uai Meio Ambiente
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