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| | Coca-Cola estuda uso de ingrediente da maconha em novo refrigerante |
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NOVA YORK — A Coca-Cola pode ser a próxima gigante do setor de bebidas a utilizar o canabidiol (CBD), ingrediente não-psicoativo da maconha. Com o consumo de refrigerantes em queda, a empresa está monitorando a indústria de cannabis, e já estaria em conversações com a Aurora Cannabis, produtora canadense de maconha, para desenvolver uma nova bebida.
Kent Landers, porta-voz da Coca-Cola, informou à Bloomberg News, em comunicado, que a empresa está “acompanhando de perto o crescimento do CBD como ingrediente em bebidas funcionais de bem-estar em todo o mundo”, e que não foi tomada ainda nenhuma decisão. A Aurora é a terceira maior empresa produtora de maconha do Canadá, com um valor de mercado de 8,7 bilhões de dólares.
A possível entrada da Coca-Cola no setor de maconha ocorre em um momento no qual os fabricantes de bebidas estão tentando usar componentes da maconha como ingredientes modernos, enquanto os negócios tradicionais perdem espaço. No mês passado, a cervejaria Constellation Brands anunciou que investirá US$ 3,8 bilhões para aumentar sua participação na Canopy Growth Corp., a produtora canadense de maconha cujo valor ultrapassa US$ 10 bilhões.
A Coca-Cola já está diversificando à medida que o consumo de refrigerante continua a diminuir. A empresa, com suas marcas icônicas que vão de Coca-Cola e Sprite à Powerade, anunciou em agosto que vai adquirir a rede Costa Coffee por US$ 5,1 bilhões, e diversificou sua produção com sucos, chá e água mineral na última década. As discussões com a Aurora são focadas em bebidas infundidas com CBD para aliviar a inflamação, dor e cólicas, de acordo com o relatório BNN Bloomberg.
O CBD é uma substância química frequentemente usada para fins medicinais, e não produz o efeito que vem do THC. Não há confirmação de acordo entre a Aurora e a Coca-Cola, segundo o relatório. Heather MacGregor, porta-voz da Aurora, disse por e-mail à Bloomberg que o produtor de cannabis expressou interesse específico no espaço da bebida infundida, e pretende entrar nesse mercado, informou David George-Cosh, da BNN Bloomberg.
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